Não preciso de asas se o céu é todo meu
Tampouco de rodas
Tendo eu todas as estradas, estrelas esticadas
Pra que âncoras enfim?
Sou sem freios de fábrica
Imaginação motor-motivo somente e paixão me transborda o tanque
Quero versos e um canto, quero as velas e os ventos
Nada de compromisso, a não ser com o querer
Pensar apenas no encaixe do bilboquê da vida
Uma roupa bem clara e solta e na cabeça um lenço só
No rosto o ar leve da brisa fresca o campo dourado da tarde laranja
Num confortável dia de semana
Viver assim acontece no anseio da liberdade
D'uma vida simples sem vidros ou tapetes
Pés no meu chão e cabeça no meu céu