segunda-feira, 26 de março de 2007

Escolher, a Rosa

Quando cabe a nós a escolha
E em nossas mãos está o destino
Norte ou sul não importa, esse é só seu
Dormimos o sono dos poderosos
O tempo nos rouba a primazia da escolha
Percebemos que nunca no coube preferir ou preterir
Esteve sempre já determinado
Apenas não nos era dado saber qual
Pois se há alguma coisa soberana por si só
Esta é a rosa-dos-ventos

quinta-feira, 22 de março de 2007

Vou escrever poesias

Vou escrever três poesias

Escrever à tinta

Três, pois três é um número bom

Poesias não têm compromisso com a matemática

Correr a caneta no papel

Como quem rabisca uma assinatura conhecida

Automático, escape autônomo

Os dois são amigos e não pedem recibo

Com a demanda acelerada dos dias nossos

Adequar coisa como esta dispensável

Encaixar o grito rouco quase mudo

É afogar o coração em um mar de esperança