ca.ta.clis.mo (gr  kataklysmós) sm 1 Transformação geológica. 2 Grande inundação. 3 Grande  revolução social. 4 Derrocada, desastre. 5 Terremoto. 6 Calamidade.
Quero ter mais  perspicácia, mais sensibilidade para conseguir ver a vida (bem, este  conceito de vida eu posso antecipar aqui que é totalmente relativo,  alguns chamam de tempo, de mundo, nossa época, ou apenas um outro modo  de encarar as coisas, os fatos, acontecimentos inevitáveis, inabortáveis  como o amanhecer de uma noite não dormida, um noite chorada, lamentada,  o que se pode fazer em nossa limitação ilimitada é fechar a cortina e  cobrir a cabeça) com muito mais olhos.
Esta é numa  montanha russa, boa imagem esta, gostei, e nela não se vê o operador,  não temos condutor a bordo, somos todos passageiros. Pois bem, talvez  isto seja pouco completo!
É como um jogo de  futebol visto pela TV, e ao final os times empatados vão às cobranças  de pênaltis, cinco cobradores de cada lado, tiros alternados, ao final  teremos um vencedor. As cobranças se dão e vão acontecendo: pra fora,  gol, na trave, defesa do goleiro, a vão se desenrolando, vão e vão, e  você vendo, não se pode fazer nada, nada, tudo acontece e acaba!
É isso, isso é a vida (vou dar este nome, por economia, pois poderia chamar de tempo e coisa e tal.)
Mas eu dizia  sobre a maneira de ver isto aí, mais sobre a profundidade a intensidade  do que propriamente sobre o modo. E é assim, mas não somente ver mais,  mas escrever, falar mais, aproveitar mais este nosso mundo, nosso tempo.
Por vezes tenho a  impressão de que posso apreender tudo o que acontece ao meu redor, me  sinto no direito de entender conversas alheias sussurradas ao pé do  ouvido, de antecipar movimentos e reações de pessoas que não conheço,  adivinhar palavras e frases não ditas. 
Mas, em compensação, outros dias não entendo nem mesmo meus pensamentos que passam de meio segundo.
Ora escrevo frente à dificuldade de entender, pois, nos dias em que compreendo tudo não escrevo!
 
