“Há mais coisas no céu e na terra, Horácio, do que sonha a tua filosofia”
William Shakespeare, "Hamlet"
A campanha Televisiva do referendo do desarmamento iniciou-se na virada deste mês, assistindo ao Programa vinculado no último domingo pensei um pouco mais sobre esta questão que já invadiu a mesa do meu jantar.
Sou presidente de uma das milhares de mesas receptoras de votos que serão armadas por todo o pais, tendo pois participação logística direta no sucesso, ou não, da escolha do sim ou não, minha opinião neste caso não é importante, a questão é outra.
Lemos, ouvimos, conversamos, e vemos muita coisa ultimamente sobre este assunto, que sabemos, vem em péssima hora, pois, nossas atenções deveriam estar voltadas inteiramente às investigações das CPIs que borbulham em Brasília, mas o abacaxi está aí e não podemos nos furtar de opinar sobre a questão (mesmo porque é obrigatório). E o caso é este: o conteúdo utilizado pelas frente que defendem o 2 ou o 1, o não ou o sim, o proibir ou liberar, os mocinhos e os bandidos, assim mesmo, bem maniqueísta.
Eu sei, seria de um idealismo utópico extremado imaginar que os envolvidos teriam a intenção de descobrir a melhor solução a população brasileira nesta questão, mas o que está acontecendo já passa demais dos limites. E faz pensar que há mais coisas aí do que se imagina.
Os mocinhos ficam apresentando os números e pesquisas de estatísticas que estão ao seu favor querendo mostrar que a proibição (o sim) é o melhor. E os defensores dos indefesos desarmados bastam-se em chover no molhado questionando, desde a liberdade contra proibições quaisquer, até a injusta distribuição de renda chegando nas desigualdades sociais brasileiras. Mais do que a favor do não, eles são contra o sim, e mais do que pelo sim, os outros são contra o não.
O que mais incomoda é a mimese da campanha para cargos eletivos, o tom no qual as campanhas tocam suas fanfarras, só falta chamar de burros quem não concorda com eles.
Pois bem, eu tinha evitado este assunto em minha pena, mas vendo o que ocorre ao nosso redor não poderia deixar de fazer o que meus companheiros já fizeram, atentando ao assunto, dando minha humilde contribuição ao caso e expondo meu pensamento de modo que ainda não havia visto.
Deixei de lado coisas que já vimos por aí: O preço do referendo, o real nível de influência na decisão final, os interesses políticos e financeiros, que suplantam os sociais, e até o nome da deputada Maria Lúcia Cardoso do PMDB de MG que, se não consta, constava na lista de apoio do sim e do não ao mesmo tempo!
É tempo de atender ao chamado, ir lá e fazermos nossa pequena parte, esperarei lá meus mais de 240 eleitores ao voto, ou então não vá, justifique, ou ainda não faça nada e pague a multa de R$ 3, dá na mesma!
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