terça-feira, 23 de maio de 2006

O Caos Interno, Um Caos

Quando pensei um segundo, milhares de mil idéias compunham um grande mosaico de cores e formas que poderiam, sós, encher uma vida de duzentos anos num segundo.
E aqui em meu estomago tive um sentimento que era composto de doce e salgado, amargo e azedo, tudo junto e o mesmo tempo aqui onde as idéias se encontram com os sentimentos.
Se isso tudo se mistura e eu caio na besteira de tentar falar, minha boca dura e estreita mastiga tudo junto com a língua e quebra tudo o que poderia ser e por isso mesmo não é.
Sentado de pé deitado no escuro clarão de meus olhos fechados de rancor, súplica e angústia, vejo o sangue de minhas pálpebras finas sob a luz das luminárias que ofuscam os olhares sãos.
Sei que se um dia eu for capaz de ir lá onde estou lá bem no fundo de onde me escondo, e se lá, um dia, procurando encontrar-me, certamente terei um choque ao ver me, e do enfrentamento com meu eu de fato só restará a amnésia do desmaio e a volta sem lembranças, as quais só terei nos sonhos mais esporádicos e impossíveis de se entender.
Quem sonha sabe que isso é um reflexo daquilo. Eu, ultimamente, não tenho lembrado de meus sonhos!

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