Queria eu só desejar poder me desvencilhar das amarras a que estou atado.
Acontece que o tempo é um velho marinheiro.
Ele que faz nós apertados como ninguém e utiliza cordas que, parece, resistem a tudo, inclusive ao próprio tempo.
Mas não quero manter-me cativo a isso, com esse carcereiro cruel a me vigiar.
Vou fechar meus olhos e me transformar em fumaça.
Vou pegar carona com o vento e sair das amarras, sair das grades, sair da cela.
Deixar tudo pra trás, amigo do vento vou voar, encontrar a paz e ser feliz no ar.
Como fazem os pássaros.
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