quarta-feira, 23 de agosto de 2006

Abismo de querer

- O que querer? Encontrar o segredo da INVENÇÃO num amálgama sadio entre as infecções tradicionais? Escarrar nos calcanhares da etiqueta e buscar no viço desta idéias uma forma para a nova REVOLUÇÃO estética?

 
- Se a revolução estética vier a reboque disso tudo, ficaria satisfeito. Mas não a tenho como alvo, e sim os novos pensamentos e novos modos de postar-se frente à noção corrente do que é certo.

 
- Do que é certo... A moral também traz ao peito muito pigarro; a diferença é que ela costuma engolir, junto com os pensamentos.

 
- Acredito que temos que dar nome às coisas, nomes tais que todos possam minimamente ter alguma apreensão, mesmo que para isso, os termos usados forem menos do que medíocres, e não encerrem uma idéia. Este é o caso de "certo"

 
- Conhecer-se é morrer... Saber é ver o que antes era certo tornar-se duvidoso... Portanto morto e cheio de dúvidas, volto a ler... Antes que me canse de morrer...

 
- Não pretendo que isso se pareça com algo que não se parece com nada. Pretensões todos têm afinal desejos são a água do rio de nossas vidas, planos não precisamos cultivar, pois eles nascem como capim após a chuva, mas se eu pudesse, sei perfeitamente que não posso, mas se eu pudesse fazer planos, desejar algo ou pretender alguma forma para isso, seria uma forma nova. Se eu entendesse isso, eu perguntaria: Isso é possível?

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