Encarar a realidade de forma serena
 
Evitar sobressaltos evitáveis  
Não criar novos problemas 
 
São tantos, pra que mais?  
Respirar sem desafinar  
Colocar legendas em todas as fotos 
Fazer questão de entender cada verso
 
Decorar toda a letra da canção e cantar  
 Abrir bem os olhos, ver, ouvir e sentir  
O rodear do ar e tudo o que vem com ele 
Buscar saber do que é feita a flor
 
Não querer saber do que a dor é feita  
Respeitar diferenças respeitáveis  
Desafiar limites desafiáveis 
Certificar-se das regras
 
Entender o tom  
 
Escolher estar e permanecer
Perceber a diferença que há nisso
Não deixar de acreditar
 
São tantos os verbos certos, meu Deus!
"Um conjunto de versos pode dizer mais do que um livro inteiro e fala coisas à alma, ao coração e ao corpo, basta ficar nas pontas dos pés e se esticar para alcançá-las." Marcos Pedroso.
segunda-feira, 27 de novembro de 2006
segunda-feira, 20 de novembro de 2006
Ou vai ou racha.
Pode ser um poeta  feliz? Viver pleno e com poucos conflitos? Ou será que a tradição é tão  forte que não permite, em suas mãos de aço milenar, que o gênio possa  produzir estando pleno de si, de sua visão e sentimento perante o mundo?  É a tensão o combustível fundamental para a boa produção literária?  Especialistas em questões, e como sou repetitivo em citar cito Quintana  que disse serem mais importantes as perguntas certas do que as respostas  certas e sem saber assim ele aquietou várias questões inquietas em  minha alma, os homens, estes sacos de problemas, em outra digressãozinha  posso comentar que vários destes problemas não existiriam se não nos  preocupássemos tanto com a profilaxia, se alimenta em sua alma das  questões e tensões criadas por uns e resolvidas por outros, e algumas  jamais decifradas. E ficamos nesta masturbação mental pra citar Gabriel,  sem, no entanto, em algumas oportunidades, chegarmos ao gozo de modo  algum. Fico feliz em não ter prometido respostas, garanto apenas  perguntas! Mas tenho estado feliz e repleto. Seria isso motivo de  vergonha para alguém que se diz, ou se acha crítico e consciente daquilo  que nos rodeia corpos e cabeças? Outro dia disse que havia encontrado a  Paz, disseram-me que isso era sinal de conformismo e de um  comportamento como o do gado que caminha para o matadouro, cabisbaixo,  quieto e passivo ao cutelo afiado. Ainda não cheguei a nenhuma conclusão  quanto a isso, opiniões todos têm, ou deveriam ter. O fato é que  cheguei lá, estou assim em paz e pleno, agora basta ver como é que se  comporta minha pena frente a esta realidade. Tenho colocado minhas  lições em pratica, concentro-me em aquilo que ocorre em meu redor, ouço e  vejo humilde. Há bem pouco tempo, eu resolvi parar de escrever, ia  abandonar a pena, sentia minha garganta estreita, minha língua áspera,  não estava nada satisfeito como as coisas que fazia ao papel, não o  achava merecedor de tão profundo destrato. Mas enfim, estou eu aqui  novamente ferindo com a pena. Não tive coragem de abandoná-la. Não sei  na verdade o que espero disso, e se espero alguma coisa, ou se devo  esperar algo, enfim. Vou observar quanto mais hermética fica a escrita  com a presença de felicidade, pois ao que parece este é o caminho que as  coisas estão tomando. Vai chegar o ponto em que o colapso será  inevitável, o que vai espirrar quando tudo explodir é a única coisa de  que ainda não sei bem certo, de qualquer modo, vou me sentar  confortavelmente e ver no que vai dar, como quem assiste a um desastre  de trem.
segunda-feira, 13 de novembro de 2006
Perdido
No embaraço da perda
O lusco fusco reluz
Limbo doura-se
Ivalorado se supera
Aquela certeza habitada e desalojada
Deixa somente dor
Ardor
A dor de ver
O que era seu deixar de ser o que se foi
O bronze que se perde brilha mais do que o ouro que se tem
O lusco fusco reluz
Limbo doura-se
Ivalorado se supera
Aquela certeza habitada e desalojada
Deixa somente dor
Ardor
A dor de ver
O que era seu deixar de ser o que se foi
O bronze que se perde brilha mais do que o ouro que se tem
Assinar:
Comentários (Atom)
 
