"Um conjunto de versos pode dizer mais do que um livro inteiro e fala coisas à alma, ao coração e ao corpo, basta ficar nas pontas dos pés e se esticar para alcançá-las." Marcos Pedroso.
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Na ponta do caminho
Peço que compreenda
Nem precisa concordar
O que, aliás, seria demais
Quanto já andei nessa estrada
E queimei sob esse firmamento
Credenciado pela jornada
Atrevendo a entender o ar
Existe mas não se vê
E o tanto de coisas que se vêem
E que não existem, eu tento
Dá licença pr'eu falar
Do que calejou
Estes pés de sentimentalidades
Crivada de mil motivos
Pra se desistir de tudo e de si
Assim por nada
Abri mão, abro mão
Minha destra fosse o caso de prova
Do que diz toda esta trova
Minhas roupas
Trazem em si, rôtas
Cada pedra, cada curva
Cada buraco, cada cavaco
Cada cansaço, cada meio-dia
Cada subida, toda descida
E a desesperança desse meu caminho
De calçados gastos
Cheios de coisas pra contar
Das coisas que me trouxeram até aqui
O que me carregou pra sangrar aqui
Dá licença d'eu sujar o teu chão
Dá licença d'eu morrer aqui
Sua fresca soleira de entrada
E o teu capacho limpo
-Bem Vindo.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Sua visão, minha visão...
ResponderExcluirQue o nós possa prevalecer apesar da enorme pedra no nosso caminho!