quarta-feira, 17 de abril de 2013

Avulsas



São o escafandro e o fundo do oceano
as asas e o céu e o vento

Entidades que ora morrem ora assumem vida
fundamentais superfluidades

Organizando-se em um leve desalinho
vindo como quem se vai, desafiando
delimitando limites desconhecidos

Covardes corajosas ambiciosas medíocres
Aproveitam-se da velocidade para terem sorte
Minhas, minhas minas, minhas pepitas

Culpadas por tudo
são apenas espelhos
Muito antes de que eu me desse conta
elas já estavam lá
pululando no peito cá
na cabeça em mim em tudo

Não escondi nada, é tudo público
bastava ter olhado
ouvido, sentido, esperado pra ver

Mas aprendi que elas existem
é com isso que devo contentar-me

Vapor enfim, nada mais
Palavras e o ponto-final

Um comentário:

  1. As coisas amigas são assim, não são questão de presença, mas sim de existir.

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