sexta-feira, 18 de outubro de 2013

O Gigante de nós dois

A gente forma um
somos dois que são um
e faz tanto tempo isso

Dá a impressão que é isso
coisa que acontece por aí
comum, mas não!

Deste modo como a gente faz
este um que a gente forma junto
não acontece a toda hora
aliás, é coisa rara

Há quem passe a vida sem saber
naquela impressão vazia
uma incompletude constante

Mas minha metade está comigo
faz-me inteiro, completo eu

Mas a composição deste gigante
traz, além você e eu
um pequeno espaço
um momento de manutenção
um lapso onde somos apenas

Onde existimos como sós
para sermos ainda mais nós

Monitorar este espaço sempre
Para que permaneça pequeno
Apenas para que o ar circule
Que seja mínimo e fique assim

É saudável em pequenas doses
envenena quando cresce
não pode tomar vontade própria
rédeas curtas, olhos vivos nele

Que respiremos o ar fresco
e que nosso único veneno
seja a paixão embriagante
há tanto e para o nunca mais!

Um comentário:

  1. Este encontro que parece ter sempre existido, maior que este agora, indiferente ao tempo, é o mais próximo que já pude definir o amor.

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