Franco Clun
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não espera por nada
vai passando como o tempo
passa e não percebe
vai indo sem propósito
a propósito de querer
muito quis, muito quis.
Um confortável não fazer sentido
esperando que as peças encaixem-se
num arranjo todo novo
um novo completamente novo
que revise os velhos erros
temperos destes dias
à cada dia mais curtos
Fazendo por aguardar o fim apenas
como o gado ao abate
como quem sabe seu fim
mas nem sabendo de si mesmo ao menos
não questiona, estagnado
vai se virando, vai se ferrando
até o fim, insensato fim.
O fim é a menor parte.
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