quarta-feira, 25 de maio de 2005

Ao ouvido:

Chega mais perto de mim, mais perto assim
Quero poder falar bem baixinho, pra que ninguém mais ouça
Sussurrar tão baixo, que nem eu vou ouvir
Só pra você

Saiba de uma coisa, você é a causa, é a consequência
Te quero sempre bem perto de mim, ou debaixo de meus olhos pelo menos
E senti-la sempre. Vai além da razão
É vento, e segue, não se quer contrariar, segue
E mesmo se houvesse vontade, nada poderia fazer a respeito

Até agora não sei bem como lidar com você
Ainda hoje e depois de tanto tempo
Estou aprendendo... mas é tanta dificuldade!
Por muitas vezes fico cabisbaixo e triste e bravo
E penso que a culpa é sua, você é muito complicada!
Que se eu já soubesse como tratá-la...
Então, me coloco em meu lugar
E passados os ‘cinco minutos' que duram anos
Penso e repenso: não é culpa sua

- Carpe. Ensinaram eles, talvez eu aprenda.

Se eu ando claudicando e inconstante
Você por sua vez, segue serena, impassível, impávida
Queria ser assim como você
Mesmo contendo a todos
Apreendendo todas as coisas, não se abala
Por quase nada se abala
E eu, quando descubro algo novo dentro de mim
Fico agitado, temeroso e vacilo

Escuta, não me olha, só escuta
Dá aqui seu ouvido
Toma lá meu lamento

Às vezes acho que você não é minha
Outras, tenho certeza de tê-la em minhas mãos, não
Mas você linda, não é perfeita
É linda, me deu muitas coisas
Me tomou tantas outras

Não sei me expressar direito
Mas estas coisas você sabe
Sou duro de boca e áspero de garganta
E estas coisas você já sabe

Fique do meu lado, perto
Vou buscar estar ao seu lado sempre
Se eu cair sei que você não vai me ajudar
Mas só de ter você me olhando, o chão amacia.

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