segunda-feira, 16 de maio de 2005

Volta à carga, ou Na superfície

Queria tomar a palavra, chamar a atenção de um possível leitor, mesmo sabendo que este texto não terá leitores, não foi escrito para isso. Mas se eu prosseguisse diria que tomei a palavra pelo simples fato de tomar-la. Assunto, algo que se espera de quem se manifesta, não tenho ao certo.

Ó Rubem. Este sim escrevia muito melhor quando não tinha o que escrever. Estou muito longe desta pretensão, na verdade não quero nem pensar nisso. Escrevo mal tendo ou não assunto.

Possíveis temas ou motivos para isto são muitos, talvez o ato de escrever... da procura pelo que falar... discutir o que comunicar... Existe algo novo a dizer? Precisamos dizer algo novo? E o mais inquietante ainda, queremos realmente ter algo novo? Talvez o simples fato de tomar a palavra e não dizer nada já signifique alguma coisa. Será que eu significo alguma coisa? E você?

E que tal responder este monte de interrogações?

Isto não significa nada.

Não é porque eu pretendo, ou até tento responder a uma pergunta é que vou conseguir a resposta, esta busca por si só já seria interessante, aliás, respostas geram mais algumas perguntas, tornando a última situação pior do que a primeira. Outra coisa a considerar é que não necessitamos de uma pergunta para que seja levantada uma questão.

Mas apesar de, mesmo sendo o autor, eu não saber do que se trata isto o que ora lês, sei do que não se trata (ao menos isso), isto não é um escrito sobre perguntas, respostas, questões, fatos ou adjacências. Já é um início, se seu objetivo é descobrir a matéria da qual tratamos aqui. (Nós? Tenho cá minhas dúvidas!). De antemão adianto que este não é meu objetivo, na verdade (se isto existe) não passo nem perto de ter um alvo.

Tudo tem três lados (já diria Samuel em uma música), o meu, o seu, e a verdade (e isso existe?).

Ademais, pensando nisso, o que é pertinente para mim pode não despertar o menor interesse em ti, e eu não posso considerar correr este risco: desenvolver um assunto com o qual eu me identifico e que não toca nem mesmos os olhos do leitor.

Outra coisa à qual não julgo é importância ou utilidade, isso se encaixa no caso do interesse! Não correria este risco, mesmo que calculado.

Um desfile de misses, apenas para exposição. Não se pode tocar!

O fato é que voltei á carga, expondo-me aos falcões, leões, lobos, raposas, hienas, e críticos.

Mas eu sei. Como isso tudo é tão ruim!

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