quarta-feira, 3 de agosto de 2005

Momentâneos poéticos cotidianos

Sem a menor responsabilidade
Basta afinar a sensibilidade
Eles estão aí todos os dias
Ponteiros parados nas
Prateleiras da relojoaria

Flores murcham aos
Poucos na floricultura

No paredão elevam-se janelas
Umas apagadas e outras não
O Sol surpreende a Força Coletiva
Na metade do caminho
E ao pôr-se não encontra ninguém em casa

Mendigo que acorda e prefere não
Se levantar vê a moça no Taier
A equilibrar-se no salto
Falando ao celular

E chove de repente se fazendo arco
Quebrando o cinza hediondo
E lá no fim há um pote de ouro
Ouro para aqueles que vêem
E vendo acreditam

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