Na superfície irregular do Coração
Há encaixes como os de um brinquedo
Onde brincas, onde só tu brincas
Colocas e tiras coisas ao bel prazer
Satisfazendo-se e insatisfazendo-se
Indo e vindo, pesando e aliviando
- "O Coração aguenta, o Coração é forte"
Não se tem direito a nada
Reclamar num simples murmúrio
A dor que sente, indisfarsável
Agonia transpirante, a dor é preta
As alças do peito arrebentaram
Não se pode mais dar conta, nunca pode
E vamos indo, economizando pneus
Economizando freios e combustível
Sem gastar mais nada além do mínimo
No mínimo vais dizer que não sabia
Não percebeste nada e vai tudo bem
Hoje os encaixes já não são os mesmos
Gastos, aceitam qualquer peça
Danificados aceitam nenhuma peça
Coração forte e flexível
Até mesmo inquebrável, inoxidável
Assim parece
Pois não se quebrou
O que não se viu quebrado
"Um conjunto de versos pode dizer mais do que um livro inteiro e fala coisas à alma, ao coração e ao corpo, basta ficar nas pontas dos pés e se esticar para alcançá-las." Marcos Pedroso.
domingo, 20 de dezembro de 2009
domingo, 6 de dezembro de 2009
Não cabe
Você deveria saber
O quanto eu te amo
Mas eu não sei dizer
Não cabe no verso
Não cabe num livro
Não cabe na vida
O quanto eu te amo
Mas eu não sei dizer
Não cabe no verso
Não cabe num livro
Não cabe na vida
domingo, 22 de novembro de 2009
E Enquanto Isso
...
Vida senhores
Enquanto isso vida
Série infinita de escolhas
Perfeita como ela só
Perfaz o tempo sem cerimônia
Não importa logo amanhece
Planos prantos tantos
Pode ser o que for, quando for
Apenas vida, que pena
Importante, não urgente
Querendo pode não viver
Seja covarde o bastante
Seja corajoso o bastante
Pra isso
Nada urgente, é gentil
Alí esperando inabalavél
A vida não bate à porta
Não reclama não chama
Espera o protagonista
Seja como for
Não siga o cronograma escreva-o
Ou pague o preço
Não seja figurante na breve cena sob o céu
Faça valer a escolha enquanto ela é sua
Vida senhores
Enquanto isso vida
Série infinita de escolhas
Perfeita como ela só
Perfaz o tempo sem cerimônia
Não importa logo amanhece
Planos prantos tantos
Pode ser o que for, quando for
Apenas vida, que pena
Importante, não urgente
Querendo pode não viver
Seja covarde o bastante
Seja corajoso o bastante
Pra isso
Nada urgente, é gentil
Alí esperando inabalavél
A vida não bate à porta
Não reclama não chama
Espera o protagonista
Seja como for
Não siga o cronograma escreva-o
Ou pague o preço
Não seja figurante na breve cena sob o céu
Faça valer a escolha enquanto ela é sua
domingo, 8 de novembro de 2009
Hoje em dia
Acontece cada coisa nesses dias!
Geração maluca que nada estranha
Bizarrices todo, toda hora
A gente ouve cada uma...
Acredito um pouco pois eu vi
Parece que esta não é minha era
Vim parar aqui sei lá como foi
Foi. Sei lá, que será de mim?
Três elefantes cor-de-rosa
Em roupas de bailarina
Passam voando e dançando
- Você viu isso?! Eram três.
Nesse máximo do mínimo
Onde o nada se transforma
Qualquer coisa que se justifique
Tremendas justas injustiças
Delegados, juízes, policiais
Investigadores, escrivães, porteiros
Advogados, árbitros de futebol, motoristas
Mendigos e o primeiro ministro
Valem nada se o outro não come
A culpa, a culpa não cabe
Não há canções na fome
Não há mérito na morte televisionada
Geração maluca que nada estranha
Bizarrices todo, toda hora
A gente ouve cada uma...
Acredito um pouco pois eu vi
Parece que esta não é minha era
Vim parar aqui sei lá como foi
Foi. Sei lá, que será de mim?
Três elefantes cor-de-rosa
Em roupas de bailarina
Passam voando e dançando
- Você viu isso?! Eram três.
Nesse máximo do mínimo
Onde o nada se transforma
Qualquer coisa que se justifique
Tremendas justas injustiças
Delegados, juízes, policiais
Investigadores, escrivães, porteiros
Advogados, árbitros de futebol, motoristas
Mendigos e o primeiro ministro
Valem nada se o outro não come
A culpa, a culpa não cabe
Não há canções na fome
Não há mérito na morte televisionada
domingo, 1 de novembro de 2009
Um tempo
Existe um tempo que não está no calendário e nem se conta no relógio.
Não é feito de papel, de pedra ou de bits, não se alinha, não se divide nem mesmo numa divisão didática.
Este tempo não se pode conhecer, entender ou planejar.
Um tempo que não se submete à história ou estória, tampouco à geopolítica. Nem a poderosa matemática pode com ele.
Não se esquematisa e nem se agenda.
É um tempo transgressor. Nem passado, nem futuro e quem pensa que é o presente se engana. Estas divisões não o garantem, não o classificam e nem mesmo o conhecem.
É fumaça, é vapor. Sólido como aço e frágil como um castelo de cartas.
Este é o tempo, o único tempo no qual de fato está contida a vida.
O único verbo que o alcança é o verbo viver. Divino verbo viver.
Este tempo tem um nome, chama-se Enquanto Isso.
O Enquanto Isso é soberano, ele é o mais atuante e o menos conhecido, o mais eficaz e o menos utilizado.
Importante mas nunca urgente. É gentil, nunca se impõe.
Pode ficar alí esperando sua vez.
Esperando até quando eu ficar maior de idade, até arrumar uma namorada, até que o tratamento acabe, pode esperar aquela promoção que vem com aquele aumento de salario ou até que possa arrumar um emprego melhor. Fica esperando as crianças cresceram, o fim do mês chegar, o tempo melhorar, a crise passar. Espera pelo dolar baixar ou até eu terminar a faculdade, espera você acertar no bicho, espera sobrar tempo, sobrar dinheiro, sobrar paciência. Espera até mesmo você aprender, mesmo que nunca aprenda.
O Enquanto Isso é capaz de esperar tantas quantas coisas urgentes você colocar à frente dele, sem reclamar.
Enquanto Isso a vida...
Tudo bem, tanta coisa vai acontecer, e logo, mas e Enquanto Isso, o que acontece? O que é que a gente faz enquanto nada disso acontece?!
– A gente vive! Vive apesar de tudo! Vive apesar e com tudo isso.
Ser feliz na espera é viver o Enquanto Isso.
Não é feito de papel, de pedra ou de bits, não se alinha, não se divide nem mesmo numa divisão didática.
Este tempo não se pode conhecer, entender ou planejar.
Um tempo que não se submete à história ou estória, tampouco à geopolítica. Nem a poderosa matemática pode com ele.
Não se esquematisa e nem se agenda.
É um tempo transgressor. Nem passado, nem futuro e quem pensa que é o presente se engana. Estas divisões não o garantem, não o classificam e nem mesmo o conhecem.
É fumaça, é vapor. Sólido como aço e frágil como um castelo de cartas.
Este é o tempo, o único tempo no qual de fato está contida a vida.
O único verbo que o alcança é o verbo viver. Divino verbo viver.
Este tempo tem um nome, chama-se Enquanto Isso.
O Enquanto Isso é soberano, ele é o mais atuante e o menos conhecido, o mais eficaz e o menos utilizado.
Importante mas nunca urgente. É gentil, nunca se impõe.
Pode ficar alí esperando sua vez.
Esperando até quando eu ficar maior de idade, até arrumar uma namorada, até que o tratamento acabe, pode esperar aquela promoção que vem com aquele aumento de salario ou até que possa arrumar um emprego melhor. Fica esperando as crianças cresceram, o fim do mês chegar, o tempo melhorar, a crise passar. Espera pelo dolar baixar ou até eu terminar a faculdade, espera você acertar no bicho, espera sobrar tempo, sobrar dinheiro, sobrar paciência. Espera até mesmo você aprender, mesmo que nunca aprenda.
O Enquanto Isso é capaz de esperar tantas quantas coisas urgentes você colocar à frente dele, sem reclamar.
Enquanto Isso a vida...
Tudo bem, tanta coisa vai acontecer, e logo, mas e Enquanto Isso, o que acontece? O que é que a gente faz enquanto nada disso acontece?!
– A gente vive! Vive apesar de tudo! Vive apesar e com tudo isso.
Ser feliz na espera é viver o Enquanto Isso.
domingo, 18 de outubro de 2009
Eu queria
Alguma coisa bem simples
Como um beijo cansado
Daqueles de Boa-Noite
Queria que fosse assim
Que fossemos assim
Como um beijo cansado
Daqueles de Boa-Noite
Queria que fosse assim
Que fossemos assim
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Assim que puder
Quando puder quero sentir
E ao sentir quero gozar
Gozando bastante me cansar
Rir e rindo até doer a cara, a pança
Eu quero ainda uma intensa disciplina
Que me indique um caminho seguro
Seguro de que se chega
Mesmo que não seja seguro andar por ele
E quando lá chegar então perceber
Quero ver minhas escolhas descascadas
E sua polpa carnuda vou morder
Posso aí sentir um amargo, eu sei
Mesmo assim, quando puder quero sentir
E ao sentir quero gozar
Gozando bastante me cansar
Rir e rindo até doer a cara, a pança
Eu quero ainda uma intensa disciplina
Que me indique um caminho seguro
Seguro de que se chega
Mesmo que não seja seguro andar por ele
E quando lá chegar então perceber
Quero ver minhas escolhas descascadas
E sua polpa carnuda vou morder
Posso aí sentir um amargo, eu sei
Mesmo assim, quando puder quero sentir
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Segunda-feira de manhã
...
Incrível a capacidade que tenho de me repetir nos erros. Não sei bem se é esse o caso, mas por muitas vezes tenho a impressão de que erro de propósito. Auto-sabotagem?
Claro que essa conclusão só se pode tomar depois de que tudo se concluiu em um grande fracasso.
Mas há um breve momento entre o não-erro e o erro, ali num espaço de menos de meio segundo onde as coisas ficam parecendo sob controle, só não se pode precisar sob o controle de quem, é bem ali, perece que a mesa está fora de prumo e a bola sempre cai na mesma caçapa, a caçapa errada, incrível!
O mais interessante é que antes de qualquer movimento já fiz esta consideração toda, levei em conta o histórico das vezes em que estive em tal momento de um terço de segundo, e penso que vai funcionar desta vez...
Depois da tacada 'mortal' com bola cantada e tudo mais, vejo que a bendita foi parar lá, na maldita caçapa errada.
Já tentei acreditar em muitas outras coisas, já sondei minhas intenções, já fui atrás de descobrir se eu quero mesmo acertar, reví as jogadas que não funcionaram, tentei de tudo dentro de mim; aí deve estar o erro inicial, não depende de mim, pelo menos não de mim somente.
Preciso de alguém que me ajude a aprumar a mesa ou não vou acertar uma bola sequer!
M.
Incrível a capacidade que tenho de me repetir nos erros. Não sei bem se é esse o caso, mas por muitas vezes tenho a impressão de que erro de propósito. Auto-sabotagem?
Claro que essa conclusão só se pode tomar depois de que tudo se concluiu em um grande fracasso.
Mas há um breve momento entre o não-erro e o erro, ali num espaço de menos de meio segundo onde as coisas ficam parecendo sob controle, só não se pode precisar sob o controle de quem, é bem ali, perece que a mesa está fora de prumo e a bola sempre cai na mesma caçapa, a caçapa errada, incrível!
O mais interessante é que antes de qualquer movimento já fiz esta consideração toda, levei em conta o histórico das vezes em que estive em tal momento de um terço de segundo, e penso que vai funcionar desta vez...
Depois da tacada 'mortal' com bola cantada e tudo mais, vejo que a bendita foi parar lá, na maldita caçapa errada.
Já tentei acreditar em muitas outras coisas, já sondei minhas intenções, já fui atrás de descobrir se eu quero mesmo acertar, reví as jogadas que não funcionaram, tentei de tudo dentro de mim; aí deve estar o erro inicial, não depende de mim, pelo menos não de mim somente.
Preciso de alguém que me ajude a aprumar a mesa ou não vou acertar uma bola sequer!
M.
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Dias úteis
Toda semana é a mesma coisa
Na quinta de noite briga comigo
Sexta no almoço, termina tudo
De manhã na segunda-feira me pede perdão!
Na quinta de noite briga comigo
Sexta no almoço, termina tudo
De manhã na segunda-feira me pede perdão!
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Atração e Fuga
...
A gente se encontrou de repente, meu coração borbolhou.
Fiz a primeira coisa que minha parca coerência permitiu e na mesma hora enquanto eu te abraçava e te beijava fui compelido a me afastar.
Senti em você o mesmo impulso, senti o cheiro do meu medo em você...
... fugimos com a mesma força com que nos abraçamos.
A gente se encontrou de repente, meu coração borbolhou.
Fiz a primeira coisa que minha parca coerência permitiu e na mesma hora enquanto eu te abraçava e te beijava fui compelido a me afastar.
Senti em você o mesmo impulso, senti o cheiro do meu medo em você...
... fugimos com a mesma força com que nos abraçamos.
terça-feira, 21 de julho de 2009
Nós e o tempo
Ficar com você...
Naquele instante
O mundo lá fora poderia acabar
Com certeza o tempo parou
Parou só por um segundo
Rápido como sempre, voltou a andar
Correu, correu contra você e eu
Sem deixar rastros, tão rápido!
Nem a poeira teve tempo de se levantar
Parecia até nosso cúmplice
Se portava como um amigo
Por um minuto confiei nele
Que erro o meu!
Mais rápido do que um pensamento
Antes que eu pudesse dizer
- Eu te amo
Ele fez o que sempre faz
O mundo lá fora nem se abalou
Em meu desejo de que ele acabasse
O mundo é cruel, cruel porém fiel
Fiel aos seus pricípios
Sempre leal a eles
O tempo se vestiu de cordeiro
Traidor, nessa pele branca
Escondeu suas pressas ferinas
Só pra me morder e me tirar de você
Traidor, Jogou meus restos ao mundo
Que em seu papel faz o que sabe melhor
Mastiga o que sobrou e cospe
Cospe no prato da Vida Real
Ela engole
terça-feira, 14 de julho de 2009
Um poeta bobo
Isso é o que sou
Poeta não sei
Bobo certamente
Não uso rimas
Evito vírgulas
Faço conjecturas intrincadas
Referências fechadas
Gosto dos Modernistas
Admiro ficcionistas
Volta e meia vou à dicionários
Escolho a palavra escolho e Escolho
Bobo...
Inverto a ênfase
Separo as estrofes depois junto
Troco uma e ninguém repara
Extirpo outra, você viu?
Minto um pouco
Também escondo e exagero
Timidamente mostro os meus rabiscos
Poetas são bobos mesmo
Escrevem o que ninguém entende
E se escrevem pra todo mundo entender
São bobos também por isso
Já foram perigosos, evitados
Admirados e ouvidos oráculos respeitáveis
Convivas do inferno
Mecânicos da máquina do mundo
Viram o que astrônomos não viam
Curavam o que os médicos não podiam
Já foram detestáveis
Censurados policiados perseguidos
Hoje não passam de bobões
Bobos, mas só eles se aproximam de
Saber o quanto suporta um coração
Poeta não sei
Bobo certamente
Não uso rimas
Evito vírgulas
Faço conjecturas intrincadas
Referências fechadas
Gosto dos Modernistas
Admiro ficcionistas
Volta e meia vou à dicionários
Escolho a palavra escolho e Escolho
Bobo...
Inverto a ênfase
Separo as estrofes depois junto
Troco uma e ninguém repara
Extirpo outra, você viu?
Minto um pouco
Também escondo e exagero
Timidamente mostro os meus rabiscos
Poetas são bobos mesmo
Escrevem o que ninguém entende
E se escrevem pra todo mundo entender
São bobos também por isso
Já foram perigosos, evitados
Admirados e ouvidos oráculos respeitáveis
Convivas do inferno
Mecânicos da máquina do mundo
Viram o que astrônomos não viam
Curavam o que os médicos não podiam
Já foram detestáveis
Censurados policiados perseguidos
Hoje não passam de bobões
Bobos, mas só eles se aproximam de
Saber o quanto suporta um coração
sexta-feira, 3 de julho de 2009
Pobre Marinheiro
Nunca me enganei sobre sua periculosidade
Seu perigoso abraço de mil braços
Beijo eletroimã de uma tonelada
A capacidade infalível de me hipnotizar
Dedos longos e pele macia
Cheiro inebriante limita minha visão
Embriagante água que me escorre pelo queixo
Tudo me leva a você, Górgona mortal
Suas idéias e suas palavras
Esse olhar petrificante
Da profundidade de seus calabouços
Nunca fui desavisado
Prevenido incauto fiquei ao seu alcançe
Por mais que me debata
Canta Garganta de flauta
O canto de sereia que me comanda
Não há mastros ou cordas que me detenham
Hoje sou cativo seu. Liberta-me Medusa!
Envenenado sou livre e enjaulado
Mais uma estátua em sua coleção
Seu perigoso abraço de mil braços
Beijo eletroimã de uma tonelada
A capacidade infalível de me hipnotizar
Dedos longos e pele macia
Cheiro inebriante limita minha visão
Embriagante água que me escorre pelo queixo
Tudo me leva a você, Górgona mortal
Suas idéias e suas palavras
Esse olhar petrificante
Da profundidade de seus calabouços
Nunca fui desavisado
Prevenido incauto fiquei ao seu alcançe
Por mais que me debata
Canta Garganta de flauta
O canto de sereia que me comanda
Não há mastros ou cordas que me detenham
Hoje sou cativo seu. Liberta-me Medusa!
Envenenado sou livre e enjaulado
Mais uma estátua em sua coleção
quinta-feira, 2 de julho de 2009
Um sentimento antigo
Tenho um sentimento antigo aqui comigo
Uma coisa que é confusa, misturada, parece pequena
Mas vejo que é pequena como uma pérola
Um diamante pequeno mas pelo que vale pode tomar vulto
Pode se transformar, crescer, florescer em amarelo
Se mostrar em tudo o que realmente é
Não sei bem onde posso encaixar isso
Pensei em jogar tudo pra ar e me livrar das amarras
Vender o diamante, transformar ele num apartamento
Numa viajem pelo mundo, num carrão de luxo
Simplesmente viver este proibido que é tão bom.
Viver, voar, subir alto, mais e mais alto
Ir ao encontro do infinito
Decobrir por que lá tudo se parece com o que queremos
Poque lá tudo é mais bonito
Olhando assim se parece com egoísmo
Mas sabendo como se move se vê
O egoísmo não se dá desse jeito
Por vezes dá pinta de desejo apenas
Mas se sabe que o desejo apenas deseja e isso é mais
Quando penso que é só paixão, lembro-me:
A paixão não pensa
Esse sentimento, sem nome, sem rosto
Que não sei de onde vem, nem pra onde vai
Esse que nasceu sem se plantar como capim
E agora ocupa o jardim do meu coração
Esse é só seu, só sei que é seu. Serve?
Uma coisa que é confusa, misturada, parece pequena
Mas vejo que é pequena como uma pérola
Um diamante pequeno mas pelo que vale pode tomar vulto
Pode se transformar, crescer, florescer em amarelo
Se mostrar em tudo o que realmente é
Não sei bem onde posso encaixar isso
Pensei em jogar tudo pra ar e me livrar das amarras
Vender o diamante, transformar ele num apartamento
Numa viajem pelo mundo, num carrão de luxo
Simplesmente viver este proibido que é tão bom.
Viver, voar, subir alto, mais e mais alto
Ir ao encontro do infinito
Decobrir por que lá tudo se parece com o que queremos
Poque lá tudo é mais bonito
Olhando assim se parece com egoísmo
Mas sabendo como se move se vê
O egoísmo não se dá desse jeito
Por vezes dá pinta de desejo apenas
Mas se sabe que o desejo apenas deseja e isso é mais
Quando penso que é só paixão, lembro-me:
A paixão não pensa
Esse sentimento, sem nome, sem rosto
Que não sei de onde vem, nem pra onde vai
Esse que nasceu sem se plantar como capim
E agora ocupa o jardim do meu coração
Esse é só seu, só sei que é seu. Serve?
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Não se engane.
Porque você está aí onde está agora?
Não está na China ou em Lima?
O que amarra, o que impede?
O que te guia?
Quem manda?
Qual é a força motriz?
A mais forte, convincente?
Que exerce mais pressão?
Vem de fora ou é de dentro?
É conhecida? Conhecível?
Qual pensamento comanda essa força?
É vela ou é âncora?
É Acelerador ou é freio?
A vontade onde fica? Onde vai?
É cego o nó? É laço que se pode desfazer?
Tem ponta? Quem a puxa?
Quem escolhe as escolhas desta vida?
São optativas? São obrigatórias?
Alternativas ou dissertativas?
Ao deparar a bifurcação.
A Anarquia ruge urgente leão.
Não se engane, a escolha não é sua!
Não está na China ou em Lima?
O que amarra, o que impede?
O que te guia?
Quem manda?
Qual é a força motriz?
A mais forte, convincente?
Que exerce mais pressão?
Vem de fora ou é de dentro?
É conhecida? Conhecível?
Qual pensamento comanda essa força?
É vela ou é âncora?
É Acelerador ou é freio?
A vontade onde fica? Onde vai?
É cego o nó? É laço que se pode desfazer?
Tem ponta? Quem a puxa?
Quem escolhe as escolhas desta vida?
São optativas? São obrigatórias?
Alternativas ou dissertativas?
Ao deparar a bifurcação.
A Anarquia ruge urgente leão.
Não se engane, a escolha não é sua!
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