"Um conjunto de versos pode dizer mais do que um livro inteiro e fala coisas à alma, ao coração e ao corpo, basta ficar nas pontas dos pés e se esticar para alcançá-las." Marcos Pedroso.
terça-feira, 21 de julho de 2009
Nós e o tempo
Ficar com você...
Naquele instante
O mundo lá fora poderia acabar
Com certeza o tempo parou
Parou só por um segundo
Rápido como sempre, voltou a andar
Correu, correu contra você e eu
Sem deixar rastros, tão rápido!
Nem a poeira teve tempo de se levantar
Parecia até nosso cúmplice
Se portava como um amigo
Por um minuto confiei nele
Que erro o meu!
Mais rápido do que um pensamento
Antes que eu pudesse dizer
- Eu te amo
Ele fez o que sempre faz
O mundo lá fora nem se abalou
Em meu desejo de que ele acabasse
O mundo é cruel, cruel porém fiel
Fiel aos seus pricípios
Sempre leal a eles
O tempo se vestiu de cordeiro
Traidor, nessa pele branca
Escondeu suas pressas ferinas
Só pra me morder e me tirar de você
Traidor, Jogou meus restos ao mundo
Que em seu papel faz o que sabe melhor
Mastiga o que sobrou e cospe
Cospe no prato da Vida Real
Ela engole
terça-feira, 14 de julho de 2009
Um poeta bobo
Isso é o que sou
Poeta não sei
Bobo certamente
Não uso rimas
Evito vírgulas
Faço conjecturas intrincadas
Referências fechadas
Gosto dos Modernistas
Admiro ficcionistas
Volta e meia vou à dicionários
Escolho a palavra escolho e Escolho
Bobo...
Inverto a ênfase
Separo as estrofes depois junto
Troco uma e ninguém repara
Extirpo outra, você viu?
Minto um pouco
Também escondo e exagero
Timidamente mostro os meus rabiscos
Poetas são bobos mesmo
Escrevem o que ninguém entende
E se escrevem pra todo mundo entender
São bobos também por isso
Já foram perigosos, evitados
Admirados e ouvidos oráculos respeitáveis
Convivas do inferno
Mecânicos da máquina do mundo
Viram o que astrônomos não viam
Curavam o que os médicos não podiam
Já foram detestáveis
Censurados policiados perseguidos
Hoje não passam de bobões
Bobos, mas só eles se aproximam de
Saber o quanto suporta um coração
Poeta não sei
Bobo certamente
Não uso rimas
Evito vírgulas
Faço conjecturas intrincadas
Referências fechadas
Gosto dos Modernistas
Admiro ficcionistas
Volta e meia vou à dicionários
Escolho a palavra escolho e Escolho
Bobo...
Inverto a ênfase
Separo as estrofes depois junto
Troco uma e ninguém repara
Extirpo outra, você viu?
Minto um pouco
Também escondo e exagero
Timidamente mostro os meus rabiscos
Poetas são bobos mesmo
Escrevem o que ninguém entende
E se escrevem pra todo mundo entender
São bobos também por isso
Já foram perigosos, evitados
Admirados e ouvidos oráculos respeitáveis
Convivas do inferno
Mecânicos da máquina do mundo
Viram o que astrônomos não viam
Curavam o que os médicos não podiam
Já foram detestáveis
Censurados policiados perseguidos
Hoje não passam de bobões
Bobos, mas só eles se aproximam de
Saber o quanto suporta um coração
sexta-feira, 3 de julho de 2009
Pobre Marinheiro
Nunca me enganei sobre sua periculosidade
Seu perigoso abraço de mil braços
Beijo eletroimã de uma tonelada
A capacidade infalível de me hipnotizar
Dedos longos e pele macia
Cheiro inebriante limita minha visão
Embriagante água que me escorre pelo queixo
Tudo me leva a você, Górgona mortal
Suas idéias e suas palavras
Esse olhar petrificante
Da profundidade de seus calabouços
Nunca fui desavisado
Prevenido incauto fiquei ao seu alcançe
Por mais que me debata
Canta Garganta de flauta
O canto de sereia que me comanda
Não há mastros ou cordas que me detenham
Hoje sou cativo seu. Liberta-me Medusa!
Envenenado sou livre e enjaulado
Mais uma estátua em sua coleção
Seu perigoso abraço de mil braços
Beijo eletroimã de uma tonelada
A capacidade infalível de me hipnotizar
Dedos longos e pele macia
Cheiro inebriante limita minha visão
Embriagante água que me escorre pelo queixo
Tudo me leva a você, Górgona mortal
Suas idéias e suas palavras
Esse olhar petrificante
Da profundidade de seus calabouços
Nunca fui desavisado
Prevenido incauto fiquei ao seu alcançe
Por mais que me debata
Canta Garganta de flauta
O canto de sereia que me comanda
Não há mastros ou cordas que me detenham
Hoje sou cativo seu. Liberta-me Medusa!
Envenenado sou livre e enjaulado
Mais uma estátua em sua coleção
quinta-feira, 2 de julho de 2009
Um sentimento antigo
Tenho um sentimento antigo aqui comigo
Uma coisa que é confusa, misturada, parece pequena
Mas vejo que é pequena como uma pérola
Um diamante pequeno mas pelo que vale pode tomar vulto
Pode se transformar, crescer, florescer em amarelo
Se mostrar em tudo o que realmente é
Não sei bem onde posso encaixar isso
Pensei em jogar tudo pra ar e me livrar das amarras
Vender o diamante, transformar ele num apartamento
Numa viajem pelo mundo, num carrão de luxo
Simplesmente viver este proibido que é tão bom.
Viver, voar, subir alto, mais e mais alto
Ir ao encontro do infinito
Decobrir por que lá tudo se parece com o que queremos
Poque lá tudo é mais bonito
Olhando assim se parece com egoísmo
Mas sabendo como se move se vê
O egoísmo não se dá desse jeito
Por vezes dá pinta de desejo apenas
Mas se sabe que o desejo apenas deseja e isso é mais
Quando penso que é só paixão, lembro-me:
A paixão não pensa
Esse sentimento, sem nome, sem rosto
Que não sei de onde vem, nem pra onde vai
Esse que nasceu sem se plantar como capim
E agora ocupa o jardim do meu coração
Esse é só seu, só sei que é seu. Serve?
Uma coisa que é confusa, misturada, parece pequena
Mas vejo que é pequena como uma pérola
Um diamante pequeno mas pelo que vale pode tomar vulto
Pode se transformar, crescer, florescer em amarelo
Se mostrar em tudo o que realmente é
Não sei bem onde posso encaixar isso
Pensei em jogar tudo pra ar e me livrar das amarras
Vender o diamante, transformar ele num apartamento
Numa viajem pelo mundo, num carrão de luxo
Simplesmente viver este proibido que é tão bom.
Viver, voar, subir alto, mais e mais alto
Ir ao encontro do infinito
Decobrir por que lá tudo se parece com o que queremos
Poque lá tudo é mais bonito
Olhando assim se parece com egoísmo
Mas sabendo como se move se vê
O egoísmo não se dá desse jeito
Por vezes dá pinta de desejo apenas
Mas se sabe que o desejo apenas deseja e isso é mais
Quando penso que é só paixão, lembro-me:
A paixão não pensa
Esse sentimento, sem nome, sem rosto
Que não sei de onde vem, nem pra onde vai
Esse que nasceu sem se plantar como capim
E agora ocupa o jardim do meu coração
Esse é só seu, só sei que é seu. Serve?
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Não se engane.
Porque você está aí onde está agora?
Não está na China ou em Lima?
O que amarra, o que impede?
O que te guia?
Quem manda?
Qual é a força motriz?
A mais forte, convincente?
Que exerce mais pressão?
Vem de fora ou é de dentro?
É conhecida? Conhecível?
Qual pensamento comanda essa força?
É vela ou é âncora?
É Acelerador ou é freio?
A vontade onde fica? Onde vai?
É cego o nó? É laço que se pode desfazer?
Tem ponta? Quem a puxa?
Quem escolhe as escolhas desta vida?
São optativas? São obrigatórias?
Alternativas ou dissertativas?
Ao deparar a bifurcação.
A Anarquia ruge urgente leão.
Não se engane, a escolha não é sua!
Não está na China ou em Lima?
O que amarra, o que impede?
O que te guia?
Quem manda?
Qual é a força motriz?
A mais forte, convincente?
Que exerce mais pressão?
Vem de fora ou é de dentro?
É conhecida? Conhecível?
Qual pensamento comanda essa força?
É vela ou é âncora?
É Acelerador ou é freio?
A vontade onde fica? Onde vai?
É cego o nó? É laço que se pode desfazer?
Tem ponta? Quem a puxa?
Quem escolhe as escolhas desta vida?
São optativas? São obrigatórias?
Alternativas ou dissertativas?
Ao deparar a bifurcação.
A Anarquia ruge urgente leão.
Não se engane, a escolha não é sua!
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