segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Eu labirinto



Um labirinto
paredes espelhadas
becos fechados
escuros, por vezes frio

Grandes, portas, portões
Os grilhões pesam
tornozelos e punhos
já tão valentes foram
hoje não se levantam
As guardas ficam baixas

Mil palavras
nenhuma delas explicaria
um labirinto escuro
sem saída
se não encontro o caminho

Curiosamente o Desespero
companheiro de tantas jornadas
desertou-me

Deixou em seu lugar
algo que não conheço
ainda não posso, como ele
chamar amigo, esse traidor.

Coisa bem particular
uma sanidade, quase indiferença
quem sabe experiência?

Tantas aulas Professor Tempo!

Um labirinto
paredes espelhadas e
por paredes transparentes
vejo a saída mas
não sei alcança-la

Um labirinto em mim
quando eu sair
dele estou certo
de que ele não
sai de mim

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