Mas no saber daquilo que ignoramos e no desespero que isto causa nada me foi motivo para continuar ou para interromper sentimentos ou mesmo o fluxo dos pensamentos; ainda que estes me sejam infiéis e por vezes muito pouco saudáveis. Não temo o que me consome, eu apenas gostaria de ter mais controle sobre o que saber que me mastigam pela perna produz em mim.
O tempo este déspota cruel, este infante de mau humor, milionário excêntrico, verdadeiro e único detentor da batuta, em seu fraque preto, maestro malvado, como uma criança sádica que brinca com sua lupa, queimando formigas indefesas.
Com ele não há acordo, o que nos resta é apenas procurar entender a marcha com que toca este caminhar e como é que ele balança a batuta, verdadeira espada de duplo fio a nos cutucar, este dia-a-dia, que num sem parar deixa a qualquer um mais maluco do que o diretor de hospício. Loucura, aliás, que em certa medida nos atende como um recife, permanente atalaia da baia indefesa, contra estas ondas e ondas que o vento traz.
Colocando a parte, baias, tubarões, recifes, coleções, batutas-espadas, maestros, lupas, meninos, o tempo e o vento, o sabido e o ignorado, como se fosse possível, sigo minha ida por esta linha sem fim até seu fim na morte.
Nem sempre feliz, nem sempre triste, mas sempre indo.
Sabe que assim torna a leitura mais clara e clama, sem estar em rascunho diminuí o caos. Parabéns, de qualquer forma ótimo texto.
ResponderExcluirPor isso mesmo a foto do original... Beijos
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