quarta-feira, 29 de março de 2006

Grandes escritos

Grandes coisas escritas


Escritas a lápis – borracha a postos
Pensamentos imponentes
Imponente fumaça contra o vento


Prefiro não vê-las
Prefiro não tê-las todas
Prefiro não lê-las todas de uma vez


Pensamentos autônomos
Sentimentos autótrofos
Auto replicáveis, replicantes


A Fábrica de sons mudos
Figuras fáceis de sobrancelhas arcadas
Olhos saltados, salto livre
Mergulho autônomo


A corda que te sustem
O penhasco que te assusta
É seguro. O céu claro
E a visão límpida observa o normal


Sintas, sintas e não nomeies
Não definas, não dês fim
Isso é fácil demais
É tatear, palmilhar o escuro
Ouviste isto?


– Deve ser o apito da fábrica
Fabrica em silêncio
O apito que marca o fim
É audível, ouço em minha cabeça!


Ouves?

Nenhum comentário:

Postar um comentário